Quantcast
Channel: Cerimonia do Chá
Viewing all 129 articles
Browse latest View live

Bunka Matsuri - Festa da Cultura Japonesa no Bunkyo Cerimonia do Cha estara presente

$
0
0

A FESTA DA CULTURA JAPONESA NO BUNKYO

cartaz-siteUma festa especial para quem gosta de cultura japonesa. Com esta proposta, o Bunkyo realiza o 8º Bunka Matsuri, no dia 23 de março de 2014, em sua sede, na Liberdade, próximo da Estação São Joaquim do Metrô.
Durante todo o dia estão programadas diferentes atrações, que ocuparão todas as instalações da sede da entidade envolvendo desde o espaço das garagens, passando pelo Grande Auditório e Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.
A organização do 8º Bunka Matsuri tem o patrocínio da Fundação Kunito Miyasaka, Brasil Kirin, Sushi Isao, Sakura, Yamato, Kikkoman, Ajinomoto, Hiroshima, Alfa Alimentos e Fast Shop e apoio do Consulado Geral do Japão em São Paulo, AgroNippo, Nikkey Shimbun, São Paulo Shimbun, Jornal Nippak, Mundo Ok, Rádio e TV Nikkey, Rádio Banzai, Kibô-no-Iê, Kodomo-no-Sono, Ikoi-no-Sono e Yassuragui Home.
O Bunka Matsuri é uma festa idealizada para congregar jovens e adultos e apresentar diversos aspectos da cultura japonesa praticada em nosso país. Portanto, esta é a hora!
A entrada é franca, as atividades das oficinas e o show artístico internacional também.
Para chegar até ao Bunkyo, a melhor forma de transporte é o Metrô (descer na estação São Joaquim), principalmente porque o trânsito da região anda complicado devido às obras que interditam o quarteirão da Rua Galvão Bueno entre as ruas São Joaquim e Fagundes.
Serviço:
8º Bunka Matsuri (entrada franca)
Dia 23 de março de 2014, das 9h às 17h
Local: Sede do Bunkyo, Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – São Paulo-SP
(próx. Estação São Joaquim do Metrô)
A seguir, a programação de cada um dos espaços:
A arte do Dô: Cerimônia do Chá e Shodô
cer cha 3O espaço do Salão Nobre será ocupado por duas artes tradicionais japonesas que requerem distância do burburinho de um festival, criando um local de tranquilidade e concentração. Por conta disso, o 2º andar do edifício foi reservado para os professores da cerimônia de chá do Centro de Chado Urasenke do Brasil, que neste ano comemora 60 anos de atuação no Brasil, e para a exposição das obras de Shodô (arte da caligrafia) da associação Shodô Aikoukai, com oficina dos mestres. No local também haverá uma exposição de arte craft e artes plásticas.
Chef Shin Koike Especial
shin koikeEm seu currículo estão conceituados restaurantes, tais como Aizomê, Sakagura A1 e Rangetsu of Tokyo e a autoria da premiadíssima publicação “A Cor do Sabor”. Também, a presidência da Comissão de Divulgação da Culinária Japonesa.
Neste 8º Bunka Matsuri, o renomado chef Shin Koike comanda o Restaurante VIP com um especial Menu Degustação que inclui ebi-shinjyo empanado com arare, sashimi com gelatina de suco de yuzu, panceta cozida à moda japonesa, sushi e niguirizushi.
O Restaurante VIP, além da atuação do chef Shin Koike, conta com as cerâmicas do Atelier Hideko Homma e os temperos da Kikkoman.
O convite custa R$ 100,00, sem incluir bebida. O Restaurante VIP será montado na sala 13, 1º andar, e terá o serviço funcionando às 11h30, 14h e 16h.
Para todos os paladares
alimentacao extSe você é uma daquelas pessoas interessadas em culinária japonesa e, principalmente, de comida caprichada e saborosa, não poderá deixar de prestigiar o Bunka Matsuri. A Praça de Alimentação Externa, com entrada pela rua Galvão Bueno, reúne as barracas coordenadas pelas entidades beneficentes. O Kibô-no-Iê irá oferecer oyakisoba; o Yassuragui participa com guiozá e cocada; os voluntários do Ikoi-no-Sono, além de batata-lôka e churros, estarão preparandoraspadinhas; o Kodomo-no-Sono participa com tempuráyakitori eokonomiyaki. Para completar os sabores de festa, a Yamato vai oferecer os tradicionais takoyaki.
alimentacaoNa Praça de Alimentação Interna, no 1º piso do Estacionamento, mais sabores da tradição japonesa – ali os visitantes poderão saborear os obentô, sushi etemaki feitos pelo Bistrô Kazu e, também, os saborososokinawa soba e karê oferecidos pelo Bufê Shima.
Quem gosta de doces não pode deixar de visitar, nesse espaço, as participantes do Coral Bunkyo e do Coral Paineiras, que no festival são famosas pelos deliciosos bolos e guloseimas preparados especialmente para a ocasião. Também, o Kibô-no-Iê fará os tradicionais e insuperáveis sonhos recheados. E os voluntários da Associação Vila Nova Cachoeirinha, os deliciosos tempurá de sorvete!
Compras especiais
bazarImagine que coisas interessantes podem ser encontradas num espaço com 35 bazaristas! Se você é uma dessas pessoas que gosta de garimpar novidades e levar boas compras para casa, o 2º Piso do Estacionamento é o endereço certo!
Entre os incontáveis produtos estão artesanatos, importados, produtos comestíveis, panelas, flores e orquídeas, etc.
Depois, no Piso Intermediário do Estacionamento, estará o espaço especial de vendas. De um lado estarão os produtos da Sakura a preços imperdíveis. De outro, uma oportunidade ímpar para adquirir cerâmicas e quadros de pinturas de várias artistas que integram a Comissão de Artes Plásticas e Arte Craft do Bunkyo. Esse espaço terá ainda os objetos produzidos pelo Kodomo-no-Sono, Kibô-no-Iê e Ikoi-no-Sono.
Praticar para conhecer
kirigamiUm convite para conhecer diferentes facetas da cultura japonesa numa animada e produtiva reunião coletiva sob a coordenação de especialista convidado.
Certamente, a maioria conhece o Origami com seus desafios criativos a partir das dobras de papéis, mas será que todos sabem os iguais encantos do Oribana, Oshibana, Oshiê? Ou então, o detalhado e preciso corte no papel com a técnica do Kirigami?
furoshikiOs organizadores também convidaram Claudio Sampei para ensinar as técnicas de amarrar, dobrar e produzir embalagens usando quadrados de tecidos chamados de Furoshiki, mas há ainda uma forma inteligente de somar por meio do Soroban e os desafios de recriar os desenhos por meio dos tecidos com a técnica do Patchwork.
Certamente, nenhuma Festa da Cultura Japonesa estaria completa se deixasse de lado duas modalidades artísticas profundamente arraigadas à tradição – o Shodô e a Ikebana.
Show Artístico Internacional
show 1Nas edições do Bunka Matsuri, uma atração à parte é o show artístico organizado pela Comissão de Música e Dança Folclórica realizado no Grande Auditório.
Para este ano, juntamente com as apresentações dos melhores grupos de taiko, músicas e danças típicas japonesas e karaokê, destaque especial para os grupos de danças folclóricas da Rússia, Alemanha, Croácia e Itália.
A programação tem início às 10h, com a apresentação de taiko dos alunos da escola Mika Youtien; seguindo-se os bailarinos do grupo Tottori Shan Shan Kassa Odori e o grupo folclórico Troyka da Rússia. Depois, a performance dos representantes da escola de dança folclórica de Okinawa, Ryukyu Buyo Kyokai, o show do cantor Sérgio Tanigawa, a apresentação do grupo folclórico Gold Und Silber da Alemanha e a Escola de Bailado Kinryu Hanayagui, finalizando com o grupo de taiko Ryukyu Koku Matsuri Daikoantes da cerimônia de abertura às 12h.
show 3A segunda parte do show artístico começa às 14h com a apresentação do grupo de taiko Tangue Setsuko Taiko Dojo, prosseguindo com a apresentação dos integrantes da Associação Cultural e Assistência Social de Kenko Hyougen Taisso do Brasil, o grupo folclóricoJadran da Croácia, a apresentação dos bailarinos da escola Fujima Ryu, depois a Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa e a performance dos integrantes da União Cultural Guinken Shibu do Brasil, encerrando-se com a sempre contagiante apresentação do grupo folclóricoNostra Italia.
Samba e futebol, uma exposição nipo-brasileira
shodo 1Às vésperas do início da histórica Copa do Mundo no Brasil, e ainda curtindo os sabores do carnaval com seus desfiles das escolas de samba, o 8º Bunka Matsuri irá apresentar no hall de entrada do Bunkyo uma exposição nipo-brasileira especial.
Para isso, irá reunir num mesmo espaço, sempre enfeitado pelos arranjos das professoras de Ikebana, as dobraduras do grupo de Mari Kanegae que retratam uma escola de samba, destacando toda a técnica do origami e trabalho minucioso dos mestres brasileiros! Para contextualizar o momento, o evento também estará homenageando a seleção japonesa de futebol.
A imigração japonesa no Brasil
museu 1O Bunka Matsuri é um momento em que o Bunkyo abre suas portas para receber todos os interessados em cultura japonesa. É dentro dessa proposta que o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, localizado nos 7º, 8º e 9º andares do Edifício Bunkyo, realizará, nesse domingo, uma programação especial de visitação.
O Museu de Arte Nipo-Brasileiro, localizado no 1º andar do Edifício Bunkyo, também prepara uma exposição de seu acervo para apresentar ao público do festival.
Agora só falta você, sua família e seus amigos!


Pavilhao Japones

$
0
0
Pavilhão Japonês, símbolo da amizade entre dois países
pavilhao jardim zen"Na plácida, imensa planura do Parque Ibirapuera, entre paredões de eucaliptos galgos e varas altas que fisgaram as carpas de papel de seda colorido e bojudas de ar, o delicado Katsura marcará a multissecular presença do Japão nas festas dos quatro séculos de São Paulo, com todo aquele conteúdo poético que se concentra na grandiosa miniatura de um Haikai".
Guilherme de Almeida, poeta e presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo


Localizado no Parque do Ibirapuera, o Pavilhão Japonês ocupa uma área de 7.500 m2 às margens do lago do parque, e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, além de um belíssimo lago de carpas.
O Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira e doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.
O projeto, executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade de Tokyo), tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas. E, teve como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador, em Kyoto, construído entre 1620 e 1624, na era Edo que foi marcada pelo domínio do clã Tokugawa.
Sua estrutura baseia-se na tradicional arquitetura japonesa no estilo Shoin, adotado nas residências das casas dos samurais e da aristocracia - mais tarde adotado por outras classes. Ela baseia-se ainda em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), bem como de outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.
O estilo Shoin atende aos anseios de contemplação estética (dos próprios ambientes, de objetos, peças de arte e da paisagem), por introspecção e pela criação de um microcosmo apartado dos trâmites mundanos. Portanto, para este tipo de arquitetura, a relação entre a paisagem e o interior dos ambientes é de vital importância. A visita das áreas externas e o paisagismo lírico dos jardins tornam-se prolongamento dos ambientes interiores.
Projetado como um monumento símbolo de amizade entre japoneses e brasileiros, o Pavilhão reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.
A construção do Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera, em 1954, que foi transportado desmontado, em navio, contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. Essas atividades foram coordenadas pela Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo.
O Pavilhão Japonês foi doado para a Prefeitura Municipal de São Paulo. Desde 1955, a Sociedade Paulista de Cultura Japonesa (atual Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), foi, graças ao convênio estabelecido com a Prefeitura da cidade de São Paulo, a entidade tem sido responsável pela administração, manutenção e promoção de eventos nesse local.

O Jardim do Pavilhão Japonês
O jardim que envolve o Pavilhão Japonês foi inspirado nos tradicionais conceitos japoneses, e reúne variadas plantas e flores típicas. Nele foram instalados vários marcos relacionados à amizade e intercâmbio entre o Brasil e o Japão.
Um deles, por exemplo, é o pinheiro japonês, plantado em 1967 pelo atual Imperador e Imperatriz do Japão. Outro é uma escultura em pedra, com a inscrição de um poema haiku, de autoria de Nempuku Sato, que imigrou ao Brasil em 1927 e, desde então, dedicou-se ao ensino e à divulgação dessa poesia.
O Lago das Carpas
pavilhao lago de carpas e jardimO lago foi construído na mesma época em que o Pavilhão e recebeu as primeiras carpas coloridas no início da década de 70, graças à iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi e ao intercâmbio com criadores de várias províncias japonesas.
Com capacidade para cerca de 100 mil litros de água, o lago abriga cerca de 320 carpas.
A Sala de Chá
pavilhao chashitsuO Chashitsu, local para a prática da cerimônia do chá, está localizado no edifício central, com sua atmosfera wabi sabi, isto é, de austero refinamento envolto por quietude e pura simplicidade.
A inauguração da sala da cerimônia de chá foi realizada em 1954, com a presença do Grão-Mestre Herdeiro Sen Soko (posteriormente, XV Grão-Mestre do Urasenke) e seu irmão mais novo, o mestre Naya Yoshiharu.
O Salão de Exposição
pavilhao exposicaoO Salão de Exposição, ligado ao Pavilhão por uma passagem com vista ao jardim zen, apresenta o acervo permanente de arte japonesa constituído de peças doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. É composto de peças originais e de réplicas perfeitas de "tesouros nacionais" japoneses.
Periodicamente, o local recebe exposições especiais, sempre com temas relacionados à arte e cultura japonesa.
*Texto baseado no guia bilíngue (japonês/português) - "Pavilhão Japonês - Tradição e Modernidade", publicado pela Comissão de Administração do Pavilhão Japonês.
Eventos no Pavilhão Japonês
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, o Bunkyo, responsável pela administração e preservação do local, promove diversas atividades ao longo do ano, tais como: Festival Hina Matsuri (Dia das Meninas) e Kodomo no Hi (Dia dos Meninos), apresentações de dança e música tradicional japonesa e exposições culturais. Atualmente, o Pavilhão conta com uma nova equipe de educadores e também promove visitas monitoradas em português e japonês.
Os espaços do Pavilhão Japonês podem ser locados para realização de eventos, exposições e apresentações culturais.

pavilhao lago carpasPavilhão JaponêsLocal: Parque do Ibirapuera - portão 10
(próximo ao Planetário e ao Museu Afro Brasil - mapa no final desta página)
Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - São Paulo - SP
(a cerca de 5 quilômetros do Metrô Santa Cruz)
Funcionamento: quarta-feira, sábado, domingo e feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Informações:
(11) 5081-7296 ou pavilhao@bunkyo.org.br
(11) 3208-1755 ou pavilhao2@bunkyo.org.br
Menores de 5 anos e idosos acima de 65 anos: entrada gratuita
Agendamento de visitas monitoradas(para grupos de até 50 pessoas, período de 50 minutos - somente às quartas-feiras)
(11) 5081-7296 ou pavilhao@bunkyo.org.br
(11) 3208-1755

Clique nas imagens para ampliar os mapas
Mapa do ParqueMapa dos Arredores
pavilhao mapa parque pavilhao mapa ruas

Fonte http://www.bunkyo.org.br/pt-BR/pavilhao-japones

Historico do Pavilhao Japones

$
0
0

O Pavilhão Japonês no Ibirapuera: um marco entre dois povos


Fonte Informativo do Arquivo Historico Municipal de Sao Paulo Ano 3 no. 18 Edicao tematica sobre 100 anos de Imigracao Japonesa


http://www.arquiamigos.org.br/info/info18/i-manu.htm



Ao lançarmos um olhar mais atento sobre o conjunto de edifícios existentes no Parque do Ibirapuera, uma grande surpresa nos é apresentada. Nesta área, onde o modernismo das décadas de 1950 e 1960 se faz presente com toda a sua grandeza, uma obra em especial se destaca, tendo em vista a sua simpática discrepância. Trata-se do Pavilhão Japonês, edifício contemporâneo aos demais ali presentes, posto que construído na mesma época em que todo o parque estava sendo implementado.

Além desse aspecto, o inusitado se faz presente sob outro ponto de vista, ou seja, por que apenas um Pavilhão Japonês, isolado e desacompanhado de similares como um pavilhão italiano, um espanhol ou um português, por exemplo? Em outras palavras, por que este exemplar único naquele cenário?

De fato – e aqui abusando do direito de conjeturar –, caso o Pavilhão Japonês não tivesse sido construído há 54 anos atrás, hoje dificilmente ele o seria, ou pelo menos não no Parque do Ibirapuera. Entretanto, lá ele se encontra, majestoso, como que a desafiar o seu entorno e sendo, ele próprio, uma grande atração e um marco de referência, seja para o parque, seja para a cidade, e mesmo para toda a nação, pois estamos diante de um monumento que consolidou, em 1954, as relações afetivas entre o Brasil e o Japão.

É certo, portanto, que foi somente numa conjuntura favorável, ou num contexto histórico único, que o projeto do Pavilhão Japonês encontrou condições propícias para sua concretização. Acompanharemos de ora em diante este processo.

Década de 1940: uma conjuntura adversa

As relações entre o Brasil e o Japão se desgastaram por conta da II Guerra Mundial. Em 1942, com a entrada do país no conflito, os laços entre as duas nações foram rompidos. Dentre os imigrantes provenientes do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), os japoneses se tornaram um alvo fácil para constantes discriminações e cerceamentos. Era o chamado perigo amarelo, este repercutido em artigos pela imprensa.

Colaborando com esta situação de animosidade estavam, também, algumas características marcantes da primeira geração de imigrantes japoneses que vieram para o Brasil, quais sejam a de cultivar seus valores e tradições em solo estrangeiro, bem como uma peculiar compleição que se traduziam, pelo menos no entender de grande parte da população, numa falta de integração na comunidade. Por certo que na raiz desse problema mais pesavam as fortes diferenças entre as duas culturas: a brasileira e a japonesa, com língua e costumes bastante distintos.

Entretanto, com o término da guerra teve início um período de distensão, este coroado com o reatamento das relações diplomáticas a partir da assinatura do Tratado de São Francisco, no dia 28 de abril de 1952.


Uma sugestão que veio do Japão

Por essa mesma época, em São Paulo, avizinhavam-se os festejos que comemorariam os 400 anos de fundação da cidade, evento este cujo ápice ocorreria em 1954. Os preparativos para o grandioso acontecimento começaram ainda em 1948 e já previam, desde o início, uma celebração que deveria ecoar para muito além das delimitações geográficas paulistanas, como bem pontuou Silvio Luiz Lofego.

Não por outro motivo, poucos meses depois do reatamento das relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão – mais precisamente no dia 10 de julho de 1952 –, a comissão organizadora dos festejos pelos 400 anos da cidade recebeu um ofício assinado pelo industrial Giannicola Matarazzo, ele irmão de Ciccilo Matarazzo (Francisco Matarazzo Sobrinho), então presidente da Comissão do IV Centenário.

Apesar de não figurar como membro oficial do comitê, Giannicola prestava sua colaboração ao grupo e aproveitava suas viagens pelo Brasil e por outros países para divulgar o evento e angariar apoios. E foi justamente numa dessas incursões, realizada ao Japão no primeiro semestre de 1952, que Giannicola teve a oportunidade de se encontrar com algumas autoridades e empresários daquele país. Como resultado dessas reuniões, Giannicola apresentou um relatório onde, dentre as muitas sugestões que ouviu, destacou o desejo dos japoneses em construírem "uma casa típica do Japão, com um grande jardim japonês que permitiria a montagem em ambiente natural de uma exposição de bonsai”. Ao lado do edifício, sugeriram ainda, poderia ser erigido “um restaurante típico que funcionaria para o público, durante o período das celerações e das exposições” com pessoal de cozinha e de serviços vindos diretamente do Japão.

Seguindo em suas explicações, Giannicola fez um breve detalhamento da obra que, como frisou, teria desde o início um caráter definitivo e não provisório. Construído com madeiras típicas do Japão, o projeto poderia ser entregue a um profissional de prestígio, tendo sido lembrado o nome do arquiteto Junzo Sakakura (1901-1969) que já estivera no Brasil em 1951 como delegado oficial da Bienal e que, naquela época, era considerado como um dos maiores expoentes da moderna arquitetura japonesa.

Todas essas sugestões foram bem recebidas pela Comissão do IV Centenário até porque, como frisou o Dr. Horácio Costa, a participação do Japão seria de “suma importância não só por se tratar de um país com grandes possibilidades industriais, o que seria relevante para a exposição, como pelo grande número de súditos residentes no Brasil, constituindo uma das mais numerosas colônias estrangeiras” de São Paulo.

Pensava-se, até então, que o Japão se faria representar com mais ênfase na exibição industrial programada para ocorrer no Pavilhão das Indústrias (atual prédio da Bienal), que ainda estava sendo construído. A parte cultural ou folclórica, como se dizia, complementaria o evento, então chamado de Exposição Internacional de São Paulo.

A colônia japonesa de São Paulo

Divulgadas essas primeiras informações, imediatamente a Câmara de Comércio Japonesa estabelecida em São Paulo, dirigiu um oficio ao Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho no sentido de obter maiores dados sobre a programação e, através de seu presidente Sakuro Hase, informou que a instituição daria todo o apoio ao certame.

Tendo em vista essa manifestação, bem como os acontecimentos subseqüentes, podemos afirmar que a Câmara de Comércio não expressava somente a opinião de seus membros senão, também, a de boa parte da colônia. De fato, poucas eram as entidades representativas dos japoneses naquela época, até porque, como visto, o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países era muito recente. Nesse contexto, a Câmara de Comércio, na ausência de outros órgãos, cumpria também o papel de atender outras demandas dos japoneses em São Paulo. Não por outro motivo o Sr. Sakuro frisou, naquele mesmo ofício, que tomava a liberdade de comunicar ao comitê dos festejos a “resolução da Diretoria da Câmara de Comércio em cooperar, junto com a Colônia Japonesa aqui domiciliada, nas comemorações do IV Centenário.” (meu destaque).

A partir desse momento, os festejos pelos 400 anos da cidade tomaram um outro sentido para os japoneses residentes em São Paulo. Tendo em vista o momento de distensão, bem como o desejo dos imigrantes e de seus descendentes em reafirmar a integração e impulsionar o clima de paz e harmonia, as comemorações serviram como um catalisador para que a comunidade se reunisse em torno desse ideal. Mais ainda, o evento poderia impulsionar uma desejada conciliação no seio da própria comunidade, comprometida que estava por ações então recentes de grupos radicais como a organização Shindo Renmei. Assim, e diferentemente do que ocorria com os demais grupos de imigrantes, a colônia japonesa vislumbrou nesse acontecimento uma grande oportunidade para demonstrar, a partir de São Paulo, o fim dos ressentimentos, fossem eles internos ou externos ao grupo, curando assim antigas feridas.

Por outro lado, também interessava às várias esferas do governo brasileiro essa demonstração de apreço. O Japão, por essa época, já experimentava um grande desenvolvimento industrial e, politicamente, o relacionamento entre os dois países necessitava de exemplos concretos para a consolidação de uma relação antes abalada.

A participação dos japoneses nos festejos do IV Centenário se afigurava assim num ato que deveria ultrapassar a comum troca de gentilezas para se transformar num evento diplomático e, por isso, também político.

Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa

A partir do relatório de Giannicola Matarazzo e do ofício da Câmara de Comércio Japonesa (todos eles datados de julho de 1952), a comunidade japonesa residente na Capital e no interior promoveu um intenso debate e, meses depois, já se achava constituída a Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró IV Centenário de São Paulo.

Sob a direção do Dr. Kiyoshi Yamamoto – agrônomo e empresário muito respeitado na colônia –, a Comissão reuniu os mais destacados membros da comunidade, alguns deles provenientes da própria Câmara de Comércio Japonesa como o Sr. Kunito Miyasaka (do Banco América do Sul e presidente da Câmara de Comércio entre 1951 e 1952), Sakuro Hase (da Comercial Hase e presidente da Câmara de Comércio entre 1952 e 1955) e Senichi Hachiya (da Hachiya Importação e Exportação e presidente da mesma Câmara entre 1955 e 1965). Num esforço conjunto, a Comissão conseguiu reunir ainda outros empresários e líderes de diversas áreas como os senhores Kinroku Awazu, Takuji Fujii (da Associação Cultural Okayama Kenjin do Brasil), Kazuki Nishimura, Jorge Suguita, Shozaburo Yamaguchi, Seian Hanashiro (da Associação Okinawa Kenjin do Brasil), Toshio Takeda (do Banco América do Sul) e Takeshi Suzuki (artista plástico e engenheiro-arquiteto, o primeiro japonês a se graduar em arquitetura no Brasil pela Faculdade Mackenzie em 1934), dentre muitos outros.

O Pavilhão

A mobilização foi tão intensa que, em janeiro de 1953, a associação já apresentava sua primeira proposta para a participação nos festejos: a edificação de um Pavilhão de Belas Artes Japonesas, que seria ladeado por um jardim também em estilo nipônico. Toda a construção seria erguida no “recinto da Exposição Internacional do IV Centenário”, ou seja, no Parque do Ibirapuera. Tomava forma, portanto, a sugestão ouvida por Giannicola no Japão, mas agora com uma diferença fundamental: os trabalhos e os custos das obras seriam integralmente assumidos pela comunidade japonesa residente no Brasil.

Entretanto, essa primeira sugestão não receberia um parecer favorável, já que o intento vinculava esta construção à cessão, em comodato, de uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados no interior do Parque para a associação. Era algo inexeqüível naquele momento, posto que a Comissão do IV Centenário não detinha poderes para tanto, cabendo-lhe apenas o direito de uso do espaço.

01-Oficio - comodato - 01.1953


Informado desse problema, o Sr. Kinroku Awazu, então diretor e vice-presidente em exercício da Comissão Colaboradora, retificou a redação do ofício e fez constar que a solicitação visava tão somente uma permissão para a “construção de um pavilhão ladeado de jardim japonês para efeito de nele serem expostos objetos das belas artes japonesas”, ficando entendido que, terminado o evento, o edifício seria doado à municipalidade.

A par dessas explicações – que não mais envolviam o pretendido comodato –, o pedido foi aprovado.

Mudança de planos

Além da retificação promovida quanto à cessão da área, logo em seguida uma outra alteração seria levada a efeito, e agora com respeito ao próprio projeto do pavilhão. Desde o início, como vimos, a intenção era a de se construir um edifício tipicamente japonês. Entretanto, e a partir das reuniões ocorridas com Comissão do IV Centenário, o plano quedou bastante modificado. Ao contrário do pavilhão, a Colônia Japonesa propunha agora construir o “hall de máquinas” anexo ao Palácio das Indústrias (atual Pavilhão da Bienal) e que, durante os festejos, seria utilizado exclusivamente para exibir produtos japoneses.

Os documentos custodiados pelo Arquivo Histórico Municipal não nos oferecem maiores explicações sobre esta ocorrência, mas tudo leva a crer que tal atitude foi, na verdade, uma estratégia que visava facilitar a aprovação da obra. E eis que, daí por diante (entre fevereiro e agosto de 1953) o pavilhão perderia a sua principal característica, posto que foi transformado em um hall de máquinas, e cujo projeto estaria a cargo da municipalidade. Nessa nova situação, a Comissão Colaboradora apenas arcaria com os custos da obra, esta já bastante desfigurada tendo em vista a sugestão inicial.

Considerada como uma solução prática e simpática pelo comitê do IV Centenário, as conversações prosperaram e isso a tal ponto que minutas de acordos entre as partes começaram a ser redigidas. Vale frisar que o pavilhão japonês, naquele momento, não mais existia como tal, transformado que foi em Pavilhão das Máquinas.

Correção de rumos

Por certo que esta radical alteração nos planos não agradou a comunidade, motivo pelo qual a Comissão da Colônia Japonesa se viu obrigada a voltar atrás e corrigir os rumos das negociações. Após uma reunião realizada com o Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho no dia 1º de setembro de 1953, uma nova proposta foi encaminhada:

02-Oficio - 09.1953


Este projeto, como se vê, abandonava a idéia do hall de máquinas para voltar ao plano original de um pavilhão tipicamente japonês e, mais ainda, frisava que tal construção seria levada a efeito por conta e risco da associação, o que significa que seus membros assumiriam todas as despesas. A municipalidade, por sua vez, rapidamente aprovou o novo desenho com seguinte despacho:

O novo projeto levava a assinatura do arquiteto Sutemi Horiguchi (1895-1984), especialmente contratado no Japão, e era uma versão do Palácio Katsura, a residência de verão dos imperadores japoneses construído no século XVII na cidade de Kioto.

03-Projeto do pavilhão - 06.1953


As obras foram cercadas do maior cuidado possível. Fechado o contrato com a empresa Takenaka Komuten S/A, de Tóquio, ao custo de US$ 57.382, o pavilhão foi totalmente construído no Japão para, em seguida, ser desmontado. As peças foram então embarcadas no navio Wakô-Maru que zarpou de Yokohama no dia 21 de fevereiro de 1954. Ao chegar no porto de Santos no dia 5 de abril do mesmo ano, todo o material foi então encaminhado para São Paulo, ocasião em que o pavilhão começou a ser reerguido no Ibirapuera. Calculadas todas as despesas, o custo total da obra subiu para US$ 76.200, aqui incluindo o contrato com a Takenata, mais todo o material utilizado, já que até as pedras e pedregulhos ornamentais para o jardim japonês foram colhidas no Rio Kamogawa, de Kyoto.

04-Aquarela do pavilhão


05-Projeto paisagístico do Pavilhão Japonês no Ibirapuera-1954


Em maio de 1954 os trabalhos já estavam bem adiantados, o que motivou a realização de uma assembléia geral extraordinária da Comissão Colaboradora Japonesa. A programação incluía também uma visita ao Parque do Ibirapuera para que todos pudessem observar o avanço das obras. Vindos do interior e da Capital, a comitiva somava mais de 300 pessoas que, do Parque D. Pedro II, seguiram em ônibus especialmente preparados para a visita. Não perdendo o momento a municipalidade, através da Comissão do IV Centenário, entendeu ser esta uma excelente oportunidade para homenagear aqueles “dedicados colaboradores, que tantos e tão profícuos esforços vêm desenvolvendo no sentido de dar à participação da colônia japonesa nos festejos do IV Centenário um especial relevo”, explicou José Roberto W. Penteado, então diretor de relações públicas do evento. Como resultado, o comitê ofereceu um coquetel aos participantes no dia 30 de maio de 1954, um domingo, no então Palácio das Nações (atual sede do Museu Afro Brasil).

06-Registro de Takeshi Suzuki-1935
Figura 6 - Registro de Takeshi Suzuki na Prefeitura de São Paulo, graduado pela Escola Mackenzie em 1934, membro da Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró IV Centenário de São Paulo.

Acervo AHMWL/DPH/SMC/PMSP

Em julho de 1954, as obras já estavam em fase de acabamento e, pouco tempo depois, a 21 de agosto de 1954, o pavilhão seria aberto ao público como parte da Feira Nacional e demais exposições. A Feira Internacional, por sua vez, somente seria inaugurada em novembro do mesmo ano.

Sociedade Paulista de Cultura Japonesa

Encerradas as comemorações do IV Centenário no dia 23 de maio de 1955, o Pavilhão Japonês foi doado à municipalidade. A administração e conservação de todo o conjunto, porém, permaneceram a cargo dos membros da Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa como, aliás, ocorrera desde o início das obras.

Entretanto, e diante da inexistência de um instrumento legal que consolidasse essa relação, os membros da Comissão Colaboradora requereram, em agosto de 1955, a constituição do Comitê Administrador do Pavilhão Japonês, até porque aquela Comissão, terminadas as obras e os eventos do IV Centenário, estava sendo dissolvida. Composta por antigos membros da associação, o novo Comitê ficaria incumbido da administração de todo o conjunto, ou seja, dos jardins, do edifício principal e seus anexos, bem como das obras de arte ali expostas. O pavilhão, como foi lembrado pela comunidade japonesa, era muito especial, construído com madeira típica e “obedecendo a um método e sistema rigorosamente tradicionais do Japão antigo, o mesmo acontecendo com os acabamentos e as decorações”. Assim sendo, tornava-se “imperioso e irrefutável que a sua conservação e futuros reparos fossem feitos pelos artesãos japoneses, única mão de obra capaz de dar conta de tal tarefa altamente especializada e completamente fora do comum” no Brasil e em São Paulo, argumentaram.

Mas, fora do comum era também esta proposta aos olhos da municipalidade naquela época. Num tempo em que tais acordos entre o governo e a iniciativa privada eram praticamente inexistentes, ou pelo menos nessa esfera em particular, a resposta da prefeitura foi lacônica: tal pretensão afigurava-se como “praticamente inexeqüível, senão legalmente impossível...”.

Estabelecido o impasse, a municipalidade resolveu por bem consultar o cônsul geral do Japão em São Paulo, o Sr. Yuzo Isono. Após considerar os argumentos de ambas as partes, o cônsul respondeu que a administração e conservação do Pavilhão Japonês deveriam ser entregues a uma comissão integrada pelos principais membros da Comissão Colaboradora, que se dissolvia. E assim foi feito: a constituição da nova comissão foi aprovada no dia 30 de novembro de 1955.

Entretanto, todos os trabalhos antes desenvolvidos, bem como a união da comunidade japonesa em torno daquele ideal, não poderia dispersar-se. Pensando nisso, o Sr. Kiyoshi Yamamoto, ao mesmo em que tratava da questão do Pavilhão, liderou o grupo remanescente para a fundação da Sociedade Paulista de Cultura Japonesa, fato este concretizado a 17 de dezembro de 1955. De fato, a mobilização precisava continuar já que, em 1958, seriam comemorados os 50 anos da imigração japonesa ao Brasil. Posteriormente, a instituição seria renomeada como Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (1968) e, em 2006, como Bunkyo-Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social.

07-Estatuto da Sociedade Paulista de Cultura Japonesa
Figura 7 - Reprodução da capa do 1º Estatuto da
Sociedade Paulista de Cultura Japonesa,
atual Bunkyo-Sociedade Brasileira de
Cultura Japonesa e Assistência Social (s.d.).

Acervo AHMWL/DPH/SMC/PMSP

Pavilhão Japonês: o esforço de uma comunidade

Não obstante o detalhamento histórico aqui exercitado, eis que ainda resta uma última questão a ser analisada, ou seja, a respeito das dúvidas que ainda persistem a respeito dos verdadeiros empreendedores dessa grande obra.

Tendo em vista a sua simbologia, bem como a magnitude que alcançou ao longo do tempo, o Pavilhão Japonês do Ibirapuera costuma ser lembrado com freqüência pela imprensa (especialmente nesses 100 Anos da Imigração Japonesa ao Brasil) e sendo, ele próprio, um tema constante de artigos e publicações especializadas. Entretanto, quase que invariavelmente os autores contemporâneos costumam reputar sua construção ora à colônia japonesa brasileira, ora ao governo do Japão, sendo mais constante a informação de que teria havido a participação de ambos.

Apesar das incertezas correntes, nos parece que ao leitor mais atento deste artigo as dúvidas a respeito dos verdadeiros protagonistas dessa obra não mais existam. Mas, diante de outras análises, sabemos que algumas imprecisões poderiam persistir. Assim sendo, dedicaremos mais algumas linhas a este tema ainda candente. E aqui, é claro, estamos nos referindo aos esforços promovidos pela colônia japonesa paulista (da Capital e do interior), bem como a de outros membros espalhados pelo Brasil.

08-Ofício encaminhado pela Sociedade Paulista de Cultura Japonesa ao Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho-1960
Figura 8 - Ofício encaminhado pela Sociedade Paulista de Cultura Japonesa ao Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho.
Repare na assinatura do presidente da entidade: Dr. Kiyoshi Yamamoto.

Acervo AHMWL/DPH/SMC/PMSP

Tomando como exemplo algumas afirmações como a de que “o Pavilhão foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira” ou a de que “a Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo [foi] co-responsável pela criação do Pavilhão Japonês, em 1954” (todas elas inscritas no livro “Pavilhão Japonês – Tradição e Modernidade”, páginas 8 e 19, respectivamente) poderíamos supor que os custos da obra foram assumidos pelas duas instâncias. Entretanto, não é esta a realidade que as fontes documentais nos deixam antever. Por outro lado, as passagens acima transcritas também não estão totalmente incorretas, senão vejamos:

Um dos primeiros reconhecimentos de que o Pavilhão teve os seus custos integralmente assumidos pela colônia japonesa brasileira pode ser encontrada na frase proferida pelo Sr. Yuzo Isono, então cônsul geral do Brasil em São Paulo, que, ao defender a formação de um grupo para a administração e conservação da obra, disse textualmente:
    Nessas condições, com referência a este assunto, tomo a liberdade de sugerir a V. Excia. que, levando em alta consideração a obra maravilhosa empreendida pela Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró IV Centenário de São Paulo... (Processo nº 1629/53, fls. 145, 25/11/1955, meu destaque).
Ou seja, o próprio cônsul, uma autoridade do governo japonês, reconhecia que a construção do Pavilhão foi uma obra empreendida (entenda-se aqui “custeada”) unicamente pela Comissão Colaboradora através de doações de seus membros.

Por outro lado, o Dr. Kiyoshi Yamamoto (mentor e presidente da Comissão Colaboradora) também frisou em diversos momentos que se devia única e exclusivamente à “colônia japonesa no Brasil a construção do pavilhão e demais dependências” e que, por isso, era ela a legítima doadora das obras para a municipalidade paulistana. (Frase retirada da proposta para a constituição do Comitê Administrador do Pavilhão Japonês, Processo 1629/53, fls. 129 e 130, 29/08/1955).

Ora, nos parece que as dúvidas a respeito dos verdadeiros empreendedores aqui desaparecem, pois os documentos nos mostram que as despesas, naquela época calculadas em US$ 76.200, foram integralmente assumidas pelos nipo-brasileiros, não havendo qualquer aporte financeiro por parte do governo japonês.

Entretanto, isso não significa que houve desinteresse por parte do Japão nessa empreitada. Ao contrário, todos os contatos com a empresa Takenaka Komuten, bem como a tramitação dos documentos referentes à exportação do material para o Brasil, foram integralmente assumidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país; além disso, o Consulado Japonês em São Paulo figurou como a instituição receptora das peças do pavilhão em território brasileiro. Toda essa ação foi necessária para que os negócios fossem resolvidos rapidamente, tendo em vista os prazos bastante escassos para a concretização da obra no Parque do Ibirapuera.

Após este detalhamento a respeito da participação do governo japonês, gostaríamos de lembrar uma última frase do Dr. Kiyoshi Yamamoto. Disse ele, no dia 7 de novembro de 1954, por ocasião da remessa dos dólares à empresa Takenaka Komuten:
    Uma cousa é certa, todos os dispêndios feitos pela Colaboradora no desempenho de sua missão ou atuação, inclusive a supra dita quantia a ser remetida para o Japão, [foram] custeadas exclusivamente pelos fundos angariados na forma de contribuições da colônia japonesa... (Documento apenso ao Processo 1629/53)
Esclarecidas algumas das questões que envolveram a construção do Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera, fazemos nossas as palavras do cônsul Yuzo Isono quando o mesmo se reportou à magnitude dessa obra: “fazemos votos para que o Pavilhão continue sendo para sempre um centro de incentivo das relações culturais e amistosas entre o Brasil e o Japão.” (Yuzo Isono, 25 de novembro de 1955).


Luís Soares de Camargo

Texto elaborado com a colaboração de
Celina Yoshimoto, Myrthes Mitue Samoto e Celso Eduardo Ohno.


Fontes primárias
  • Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Fundo Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Processos: 932 (1952), 1629 (1953), 3534 (1954) e 3781 (1954).
Bibliografia
  • BUNKYO – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social. Pavilhão Japonês – Tradição e Modernidade. São Paulo: s.ed., 2007.
  • LOFEGO, Silvio Luiz. IV Centenário da cidade de São Paulo– uma cidade entre o passado e o futuro. São Paulo: Annablume, 2004.



Para citação adote:

CAMARGO, Luís Soares de. O Pavilhão Japonês no Ibirapuera: um marco entre dois povos. INFORMATIVO ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, 3 (18): maio-jun.2008

Toshio Takeda Construtor do Pavilhao Japones

$
0
0
Toshio Takeda nasceu em Miyajima, ilha em frente a Hiroshima no dia 21 de janeiro de 1912 e foi o primogenito de 5 filhos, 3 homens e 2 mulheres.



- Portugueses sao muito inteligentes

No Japao, ao contrario do Brasil, acredita-se que os Portugueses sao muito inteligentes, pois foram os primeiros ocidentais a chegar ao Japao em 1543. Isso fez com que Toshio Takeda se interessasse pela cultura portuguesa. Quando foi estudar na Universidade Imperial de Tokio, ele optou por Economia e Linguas Latinas, entre elas o Portugues.

Ao se formar, o Governo Japones convidou-o a fundar um banco japones no Brasil, pois haviam muitos imigrantes japoneses que nao tinham como guardar seus ganhos e a liderar um grupo de pessoas que embarcaram com ele no navio Rio de Janeiro Maru no dia 18 de fevereiro de 1936 e chegaram ao Brasil no dia 1 de abril de 1936. Quando o navio passou pela costa da Africa foi a primeira vez que ele viu uma pessoa negra.

- Feijoada?
Fonte: Fundacao Kunito Miyasaka

Ele desembarcou no Porto de Santos e entrou em 1937 fundaram a Casa Bratac (Sociedade Colonizadora do Brasil) para administrar as economias dos imigrantes e foi a semente do Banco America do Sul. Toshio Takeda relata que foi a primeira vez que ele comeu feijoada e quem achou o prato muito estranho.

- Banco com nome estranho

Ele foi ao Rio de Janeiro durante governo Getulio Vargas solicitar a carta patente do Banco ao entao Ministro da Economia, Tancredo Neves. Tancredo Neves achou Bratac um nome muito estranho para um Banco e sugeriu o nome que deu origem ao Banco America do Sul em 1940.


- Breve historico da construcao do Pavilhao Japones



Durante a 2a guerra mundial, estrangeiros nao podiam ser socios cotistas de instituicoes financeiras e altos dirigentes chegaram a ser presos o que aconteceu com o Sr Toshio Takeda, mas sua influencia na comunidade nipo-brasileira continuou pois no dia 2 de setembro de 1953 foi determinada a area no parque do Ibirapuera para a construcao do Pavilhao Japones e Toshio Takeda foi nomeado Presidente da Comissao de Obra e escolheu o engenheiro Suzuki Takeshi como diretor de obras.

O pavilhao foi construido no Japao, desmontado e enviado de navio para o Brasil.

No Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, em 1954, foi construído o Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera, após intensa campanha da comunidade nipo-brasileira. Na ocasião, a colônia japonesa doou uma réplica, feita no Japão, do Palácio Katsura, em Quioto.



O pavilhão possui um salão nobre, uma copa para preparo da cerimônia do chá e uma salão de chá. Apresenta exposição permanente de cultura japonesa, com peças a partir do século 11. Seu entorno é enfeitado com lago com carpas e jardins. ocupa área de 7.500 metros quadradaos.

O Grão Mestre Sen Soshitsu XV veio ao Brasil em Outubro de 1954 para a comemoração do 4o. Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo e inauguração do Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera. Nesta data o Grão Mestre realizou a Primeira Cerimônia do Chá na casa do Sr Toshio e Sra Yoshie Takeda.

Toshio Takeda tornou-se Grao Mestre do Cha, passando a denominar-se Sonan Takeda e  sua esposa Yoshie Takeda tornou-se Grao Mestre do Cha, passando a denominar-se Soho Takeda trouxeram a arte da Cerimônia do Chá no Brasil em Outubro de 1954 e levaram para todo o Brasil. Esta arte perdura ate hoje.

Toshio Takeda faleceu em Sao Paulo no dia 04 de marco de 1997 com 85 anos, deixou esposa, 3 filhos e 6 netos.


Assista ao video: 

http://www.parquedoibirapuera.com/atracoes/pavilhao-japones/
PAVILHAO JAPONES - Parque do Ibirapuera
Portões 3 e 10 – Av. Pedro Álvares Cabral
Quarta-feira, sábado, domingo e feriado
das 10h às 12h e das 13h às 17h

Responsável: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social
Tel:. (11) 5081 – 7296 e 3208-1755 r 124
E-mail: pavilhao@bunkyo.org.br
Site: www.bunkyo.org.br

Toshio Takeda ou Sonan Takeda e Yoshie Takeda ou Soho Takeda trouxeram a arte da Cerimônia do Chá no Brasil em Outubro de 1954 e levaram para todo o Brasil. Esta arte perdura ate hoje.

Fontes: sites
http://www.imigracaojaponesa.com.br/
http://www.culturajaponesa.com.br
http://www.imigrantesjaponeses.com.br/
http://www.parquedoibirapuera.com/atracoes/pavilhao-japones/
http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/2438-pavilhao-japones

Livro Chado Urasenke Tankokai 50 anos Latinoamerica

2001 Urasenke Convention Hawaii

$
0
0
Urasenke International Convention in Hawaii commemorating
the 50th Year of Urasenke Overseas
General Information/Program
In 1951, the present Urasenke grand master, SEN Soshitsu XV, made his first journey outside Japan to promote the Way of Tea. His first destination was Hawaii, and that very year, the first official Urasenke chapter outside Japan - the Urasenke Hawaii Chapter - was established. This year, 2001, thus represents the 50th year since the Grand Master began his life's work to spread understanding and appreciation of the ideals of the Way of Tea - ideals which engender Peace - to people throughout the world, and it also marks the 50th anniversary of the Urasenke Hawaii Chapter.
       Commemorating these two milestones in the history of Urasenke, the first-ever Urasenke International Convention was held this summer (July 19-23) in that significant place, Hawaii. Appropriate to the convention theme, "Peacefulness through a Bowl of Tea: Tea Beyond National Boundaries," approximately 1,200 Urasenke followers from around the world, including 500 Chado Urasenke Tankokai members from all parts of Japan, participated in the convention and shared in the various celebratory events. Attending from Japan as special guests were T.I.H. Prince Takamado Norihito and Princess Hisako.
       An important business-related event on the program was the World Representatives' Meeting, at which the present Urasenke chapters and dokokai (official interest groups) outside Japan were officially moved from the management of the Urasenke Foundation to that of the corporate body Chado Urasenke Tankokai, Inc., effectively making the latter a worldwide Urasenke membership organization.





Program
July 19 (Thu)9:00-3:00Commemorative tea gatherings

11:00-2:00Tenshin (lunch) service, at the Hawaii Prince Hotel Waikiki

3:00-4:30World representatives' meeting

5:30-8:00Urasenke Hawaii Chapter 50th Anniversary banquet
July 20 (Fri)9:00-10:30Sacred tea-offering ceremony (kencha-shiki) in memory of the early Hawaiian forefathers and in prayer for world peace, at Iolani Palace

2:00-3:20Grand commemorative ceremony, at the Hawaii Convention Center

3:30-4:10Lecture by Grand Master SEN Soshitsu XV, at the Hawaii Convention Center

5:30-8:00Banquet hosted by the Grand Master and his family

- end of core convention events -
July 21-22
(Sat, Sun)

Optional tours
Tea service at the Urasenke Hawaii Branch Han'yoan tearoom
Viewing of the "Tea Artistry of the Urasenke Grand Master"
Exhibition at the Honolulu Academy of Arts
July 23 (Mon)
Tea service at the Urasenke Hawaii Branch Han'yoan tearoom

5:30-8:00Sayonara Party, at the Hilton Hawaiian Village Tapa Conference Center Tapa Ballroom

2004 Urasenke Brasil 50 Anos

$
0
0
Urasenke Brazil 50th Anniversary

Ryurei tea service at May 20 tea gathering.

This year, 2004, is the 50th anniversary of Urasenke's official presence in Brazil. In celebration, Urasenke followers in and around the nation's largest city, São Paulo, have been busy with many special activities. The first of these was a commemorative tea gathering held under the auspices of the Japanese Consulate General in São Paulo and jointly sponsored by the Urasenke Brazil Branch and Brazilian Society for Japanese Culture (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa) on May 20, 2004, at the Japanese Pavilion within Ibirapuera Park. This impressive park, including its Japanese pavilion, was inaugurated in 1954, to celebrate the 400th anniversary of the city. The formal opening of the pavilion and tearoom located inside of it was the event that occasioned the visit of SEN Genshitsu Hounsai, then still known as SEN Soko, together with his younger brother NAYA Yoshiharu, fifty years ago, and the beginning of Urasenke's official activities in Brazil. The May 20th tea gathering this year simultaneously celebrated the 50th anniversary of the pavilion and of Urasenke in Brazil. Approximately forty Urasenke chado students and teachers coordinated efforts to receive the 250 invited guests for tea in the traditional-style tearoom, ryurei tea in the garden, and the nice tenshin meal they had arranged.
    In June, a book entitled DO -- A Essencia da Cultura Japonesa / Michi to shite no Nihon Bunka, written in Portuguese and Japanese and funded by dozens of local sponsors, was published, and the Urasenke Brazil Branch played a key role in realizing this.
    The inaugural reception for the Japan Weeks 2004 organized by the Japanese Consulate combined with it the publication party. It took place on the eve of the five-day initial event of the Japan Weeks program, June 4, at the Bank Réal Hall in São Paulo, with nearly one thousand citizens attending. The five-day initial Japan Weeks program showcased various Japanese cultural "ways" and was primarily sponsored by the Urasenke Brazil Branch and Ikebana Association of Brazil, in cooperation with the Consulate. The Urasenke members mounted an exhibition of photo panels and tea utensils to introduce the Way of Tea, and conducted chanoyu demonstrations three times a day in the portable tearoom which they had erected in the Bank Réal Hall.

Urasenke Exhibition at Bank Réal. Stage for chanoyu demonstrations at Bank Réal.


    In August, the members will present a chanoyu demonstration program at the Club Pinheiros Theater in São Paulo, and in September, approximately thirty will travel to Mexico to join with the other Urasenke groups in Latin America and those coming to participate from other parts of the globe, for the Chado Urasenke Tankokai Latin America Convention in Mexico, celebrating the golden anniversaries of all the Urasenke affiliates in this world region.

2004 Urasenke Latin America Convention

$
0
0
ANNOUNCEMENT
Urasenke Tankokai Latin America Convention
Celebrating the 50th Anniversary of Urasenke in this World Region

September 22 - 26, 2004
Mexico City


Ethnological MuseumMetropolitan Cathedral

2004 marks the 50th year since Daisosho SEN Genshitsu (at the time, wakasosho), together with his brother NAYA Sotan Yoshiharu, went to Mexico in 1954 to attend the 9th World Convention of the International Junior Chamber as representative from Japan, and during that trip, inaugurated the Urasenke Mexico, Brazil, Peru, and Argentina chapters.

To commemorate this 50th anniversary of Urasenke's official presence in Central and South America, there will be a grand Urasenke Tankokai Latin America Convention held in Mexico City this coming September. Many events are scheduled, including a tea offertory service as well as a public lecture by Daisosho SEN Genshitsu, and a tea gathering at which the various venues will highlight the features of the sponsoring countries.


   Program
Sep22 (Wed)Sign in (registration desk: Hotel Nikko Mexico)

23 (Thu)Visit Urasenke Mexico Branch
Visit estate of the President of the Urasenke Tankokai
    Mexico Association (view reproduction of the Taian
    tea hut, and tea utensil exhibition)

24 (Fri)Ceremonial Function
Lecture by Daisosho SEN Genshitsu at the Ethnological Museum
Banquet at the Hotel Nikko Mexico

25 (Sat)Commemorative Tea Gathering at the Hotel Nikko Mexico (several venues, including one by the Urasenke Tankokai Brazil Association, one jointly by the Urasenke Tankokai Mexico, Peru, and Argentina Associations, and one by members of the Urasenke International Association)

26 (Sun)Tea Offertory Service at the Metropolitan Cathedral

Chado Urasenke Tankokai Headquarters
Japan

Kaiseki

$
0
0
Kaiseki-ryori (Kaiseki-Ryori) é uma refeição tradicional japonesa com pratos, bem como a habilidade de cozinhar uma refeição, similar em sofisticação com gastronomia Europeia ("alta cozinha"). Existem dois tipos de kaiseki: um para escrever os hideogramas, é um conjunto de pratos que compõem o sumptuoso jantar em banquetes e o segundo, refeição servida em uma cerimônia de chá. Esta última é referida como o "cha-kaiseki" . Uma elegância especial nas composições de pratos saiu da arte ikebana. Kaiseki-ryori (Kaiseki-Ryori) é a personificação da culinária japonesa e a filosofia washoku. Washoku tem base em um conjunto de habilidades, conhecimentos, práticas e tradições relacionadas com a produção, processamento, cozinhar e comer comida. Washoku seria comer com harmonia.
Kaiseki-ryori é preparado considerando a contemplação do pratos, os utensílios, o sabor dos ingredientes, o menu e o tempo que passamos juntos. A cozinha Kaiseki está intimamente ligada com as estações do ano. Se olharmos para a história da cultura de comida japonesa, podemos ver que em tempos antigos as pessoas comeram principalmente elementos da natureza: montanha, ervas e frutos do mar.
Na idade de Heian (794-1185 d.C.) formaram as maneiras de comer e um sistema de ichi-ju San Sai: uma sopa e três pratos, um cru (namasu), um assado (yakimono) e um cozido (nimono). Este sistema constitui a base da moderna culinaria washoku.

Cerimonia do Cha - Hatsugama 2014 Urasenke do Brasil

$
0
0
Dia 11 de janeiro de 2015 - Domingo das 11:30 às 15:00 o Centro de Chado Urasenke do Brasil, entidade sem fins lucrativos, organizará o Hatsugama, Primeiro Cerimonial do Chá do ano, seguida do Almoço de Ano Novo no 
Buffet Colonial numa cerimonia chamada Hatsugama ou a Primeira vez que acenderemos o braseiro para fazer a Cerimonia do Cha no ano.

Este evento contará com a presença de cerca de 150 pessoas ligadas ao Chado Cerimonial do Chá, o Consulado do Japão, políticos, empresários e representantes eminentes da comunidade nipo-brasileira, Presidente da Associação Comercial da Liberdade, Presidente do Bunkyo, artistas e outras personalidades.

A Programação será:

11h30 Chaseki ou Cerimonia do Cha
12h30 Brinde de Ano Novo 
13h Almoço 
15h Encerramento

Maiores informações ou Convites por favor visite o site Cerimonia do Cha ou através do telefone 11-5571-3117 ou email cerimoniacha@hotmail.com



Nijiriguchi Porta de entrada para a Sala de Cha - Uma Licao de Humildade

$
0
0
A porta de entrada (Nijiriguchi) para a Sala da Cerimonia de Cha mede 63cm x 66 cm, uma lição de humildade. Não importa se você é o Presidente da República, todos devem abaixar a cabeça e rastejar para poder entrar. Um Guerreiro deve deixar sua espada do lado de fora, um Rei deve deixar seu manto do lado de fora.


Voce pode ver o convidado entrando pela Nijiriguchi e como se portar em uma cerimonia do cha neste video: http://www.youtube.com/watch?v=pJQFlwrzLc8&hd=1

Cerimonia do Cha ou Chado Urasenke ou Caminho do Cha Principios

$
0
0
(calligraphy by Kankai Onozawa, retired Abbot of Jukoin Temple at Daitokuji, Kyoto)



De acordo com Sen Rikkyu (1522-1591):

  O Cha nao é nada mais que isto:
  Primeiro voce aquece a agua, e entao voce prepara o cha.
  Entao voce o bebe corretamente.  Isto é tudo o que voce precisa saber.

A Cerimonia do Cha nao tem apenas o objetivo de mitigar a sede; é a síntese do mundo cotidiano da cultura japonesa, uma disciplina q ajuda a aprimorar o caráter, a treinar a mente através de atividades criativas  e, assim, a elevar a espiritualidade .

Na Cerimonia do Cha, o anfitriao comeca a tracar o plano da reuniao de cha para receber os convidados. Escolhe o arranjo de flores, o kakemono (poema ou frase), dispoe o carvao para aquecer a agua e, na sala de cha, atraves de uma sequencia de movimentos (temae) perfeitamente aprimorados por um longo periodo de tempo, prepara a tigela de cha q acolhe os convidados q, por sua vez agradecem pela consideracao dispensada.

Na interacao entre os convidados e o anfitriao, atraves do chado, aprendemos a importancia do relacionamento humano, incorporando os Quatro Principios: Wa, Kei, Sei, Jaku ou seja:

- Wa - Harmonia - Manter boas relacoes entre as pessoas

- Kei - Respeito - Respeito mutuo entre as pessoas com modestia e discricao consigo mesmo.

- Sei - Pureza - tornar o coracao puro, eliminando as impurezas mentais.

- Jaku - Tranquilidade - serenidade impertubavel presente em qualquer circunstancia.

Provavelmente as pessoas disponham de pouco tempo para aprender a Cerimonia do cha. Entretanto, atraves de seu estudo é possivel ter um insight daquilo que foi perdido em meio à vida apressada do dia-a-dia, q é o sentimento de aceitacao, a consideracao para com as pessoas ao nosso redor, a sensibilidade à mudanca das estacoes do ano, a meditacao. Os meus sinceros votos para q, por meio do aprendizado ou mesmo da participacao em uma Cerimonia do Cha, todos possam encontrar esses principios em seu coracao.

As Sete Regras de Rikkyu

"O que, precisamente, são as mais importantes coisas que precisam ser entendidas numa cerimônia de chá?" Esta pergunta foi feita a Sen Rikyu por um discípulo.

Sua resposta: "Prepare uma deliciosa tigela de chá; disponha o carvão de modo a aquecer a água; arranje as flores tal como elas estão no campo; no verão surgira frescor, no inverno calor; prepare tudo com antecedência; prepare-se para uma eventual chuva; e dê àqueles com quem se encontrar toda consideração."

O discípulo, um tanto desapontado com essa resposta, onde não encontrou nada de importância tão grande que pudesse supor ser um segredo da prática do chá, disse: "Isso tudo eu já sabia..."
Rikyu respondeu: "Então, se você pode conduzir uma cerimônia do chá sem desviar-se de nenhuma das regras que eu acabei de expor, eu me tornarei seu discípulo."

A Cerimonia do Cha

A Cerimônia do Chá completa inicia-se com a chegada do Convidado. Ele deve observar se a água foi espargida nas pedras do caminho que levam à Cabana de Chá. Se as pedras não estiverem molhadas isto quer dizer que o Anfitrião não está pronto. Se o Anfitrião tiver molhado as pedras quer dizer que o Convidado pode entrar. Este sinal é muito bom pois não causa constrangimento a nenhuma das partes. Caso o Convidado tenha chegado cedo demais, ele pode dar uma volta e retornar mais tarde e observar novamente.

O Convidado aprecia o caminho para a Cabana de Chá. Perto da entrada há uma bacia baixa de pedra; cada hóspede pára para lavar as mãos e a boca num ato simbólico de purificação. Os convidados continuam e entram abaixados através de uma pequena porta de 70 cm de altura. Isso porque todos devem abaixar a cabeça para entrar. Espadas e mantos reais não passam por essa pequena abertura, devendo ser deixados de fora. Apenas o ser humano adentra a Sala de Chá, sem ostentações, todos são iguais.

Antes da chegada dos convidados, o anfitrião pendurou um Kakemono (pintura ou caligrafia sobre papel ou seda).

Num recipiente recém preparado com cinzas, um fogo de carvão foi aceso, o incenso foi queimado, e sobre o fogo o anfitrião colocou uma chaleira com água para preparar o chá.

Ao entrar cada convidado aprecia o kakemono, o fogo, o arranjo das cinzas, a chaleira e todos os outros utensílios que estejam expostos. A iluminação moderada e os tons suaves das paredes de barro e da madeira envelhecida criam uma atmosfera que conduz à contemplação. O anfitrião surge e começa a servir o Kaiseki, refeição ligeira.

A palavra Kaiseki é composta por 2 ideogramas Kai = Pedra e Seki = Quente. Quando os monges estavam meditando não havia tempo para preparar comida, então eles pegavam uma pedra da fogueira e colocavam sob a roupa no estômago para aquecê-lo.
O Kaiseki vem do nome dado a uma pedra aquecida que os monges Zen usavam para aliviar o estômago das dores causadas pela fome ou pelo frio. Desde então passou a significar uma pequena refeição, suficiente apenas para satisfazer a fome.

Depois de compartilhar a refeição os convidados são servidos de um doce e do chá forte. Após isso serve-se o chá fraco.

O Otemae, preparo do chá, consiste de 3 partes:
- Purificacao dos utensílios
- Preparo do chá
- Limpeza dos utensílios.

Deve ser realizado em silêncio, ou só falando amenidades. A mensagem é enviada pelos utensílios, kakemono, flores.

A escolha do kimono depende da estação do ano. A manga indica o estado civil da pessoa q o usa. Mais longo, solteira, mais curto casada.


Saiba mais:

Livro: Vivência e Sabedoria do Chá, Autor Sen Soshitsu XV, T.A.Queiroz, Editor, Ltda.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u363399.shtml


Livro Chado - Introducao ao Caminho do Cha

Como foi a minha iniciação na Cerimônia do Chá

$
0
0


A casa da minha avó Soho Takeda tinha duas partes, uma ocidental e outra oriental. Sempre que eu ia lá ela me deixava  brincar com os hishaku (conchas) enchendo e esvaziando os chawans (tigelas) de água e molhava todo o meu vestido e minha avó ficava louca tentando secar minha roupa antes que minha mãe chegasse para me buscar e visse toda aquela bagunça.

Em 1973, com 6 anos houve uma exposição no Anhembi sobre o Japão e eu me apresentei fazendo uma Cerimônia do Chá. Foi uma coincidência pois, conforme manda a tradição, deve-se começar a cerimônia do chá aos 6 anos no sexto dia do sexto mês.

http://mueap.com.br/site/eventos-ver.php?t=1&a=73&c=67

A 5ª Feira Industrial Japonesa aconteceu de 26 de março a 8 de abril de 1973 no Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, organizada pela JETRO - Japan External Trade Organization - órgão oficial do Ministério da Indústria e Comércio Exterior do Japão - que gastou cerca de US$ 2 milhões na promoção da feira.

O evento contou com 317 estandes, sendo 270 de grandes indústrias e 105 de pequenas e médias empresas, além de entidades oficiais, que ocuparam 15 mil m².

Considerada a maior mostra industrial japonesa fora do Japão, o evento recebeu  300 mil visitantes, que também participaram do Simpósio Tecnológico e Econômico Brasil-Japão e  de seminário sobre a economia brasileira.

Na ocasião, o governo estadual recebeu os expositores japoneses e organizou visitas a diversos locais, para que os empresários conhecessem as oportunidades de investimento no estado de São Paulo. Participaram das caravanas cerca de 300 empresários japoneses, além de 200 integrantes de missões econômicas.

Entre os produtos expostos, computadores, modelos de petroleiros, sistemas de telefonia com imagens transmitidas por TV, aparelhos eletroeletrônicos, aparelhos óticos e científicos de precisão e diversas máquinas e equipamentos industriais, no valor de US$ 4 milhões. Vários bancos japoneses e brasileiros estavam presentes para atender os expositores e demais frequentadores.

Além da área comercial, a feira apresentou uma seção recreativa, com estandes de esportes (judô, karatê, kendô), teatro (dança e música, folclore de Okinawa, taikô e órgão eletrônico), cinema (filmes inéditos no Brasil), cultura (cerimônia do chá, ikebana), desfile de modas e espetáculo de fogos de artifício.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

A 5ª Feira Industrial Japonesa aconteceu de 26 de março a 8 de abril de 1973 no Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, organizada pela JETRO - Japan External Trade Organization - órgão oficial do Ministério da Indústria e Comércio Exterior do Japão - que gastou cerca de US$ 2 milhões na promoção da feira.

O evento contou com 317 estandes, sendo 270 de grandes indústrias e 105 de p

A partir daí passei a ter aulas da Cerimônia do Chá na casa dela ou às Sextas-feiras no Centro Chado Urasenke no Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa). Gostava especialmente do Kaguetsu, onde ocorre um sorteio para decidir quem faz o chá e quem toma o chá alternando entre 5 pessoas.

Na comemoração dos 50 anos de Cerimônia do Chá na América Latina  (1954-2004) descobri que a Primeira Cerimônia do Chá no Brasil foi feita na casa de meus avós, Sonan e Soho Takeda, pelo Sen Soshitsu, onde eu molhava os vestidos.


Saiba o nome do Navio e a data de chegada ao Brasil de um imigrante japones e visite o Museu historico da Imigracao Japonesa

$
0
0
 O Navio Kasato Maru trouxe os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil. Partiu de Kobe e chegou ao Porto de Santos, SP, no dia 18 de junho de 1908, dando inicio a Imigracao Japonesa.


Para saber o nome do navio e a data de chegada de algum imigrante japones voce pode digitar o link:

http://www.museubunkyo.org.br/ashiato/web2/imigrantes.asp

Este link foi disponibilizado pelo Museu Historico da Imigracao Japonesa.



O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, é o maior museu sobre a imigração japonesa no Brasil.

Possui um acervo de mais de 97.000 itens pertencentes aos imigrantes japoneses, tais como documentos diversos, fotos, jornais, microfilmes, livros, revistas, filmes, vídeos, discos LP, quadros de pinturas, utensílios domésticos e de trabalho, alem dos kimonos, que registram a história desses imigrantes aqui no Brasil.

O Museu está localizado no bairro da Liberdade, dentro do prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, à Rua São Joaquim, 381, ocupando o 7°, 8° e o 9° andares.

O site do museu é http://www.museubunkyo.org.br/

Utensilios da Cerimonia do Cha

$
0
0
Para Praticar a Cerimonia do Cha sao necessarios alguns Utensilios














Vasos para Chabana - Arranjo de flores





Kama (caldira)
Caldeira, feita principalmente de ferro fundido, usada para esquentar água. O kama menor é utilizado no Furo (braseiro externo) da Primavera ao Outono. O kama maior é utilizado no Ro (braseiro embutido no tatami), para o inverno.



Chaire (recipiente para o cha forte)                              





Natsume (recipiente para o cha fraco)






Chachaku (colher de cha)
Colher para retirar o matcha, geralmente feita de bambu. É o objeto que nos sugere o caráter da pessoa que o confeccionou e é usado com o nome poético (mei) que lhe foi atribuído.



Chawan (taça)
 Tigela de cerâmica para tomar matcha. As tigelas sao classificadas por regioes, nas quais foram produzidas e por artesões que as criaram



Mizusashi (jarra de agua)
Jarro para água fresca usado na cerimonia do cha.



Futaoki 
Descanso para a tampa do kama e para a concha do hishaku



Kensui 
Recipiente para entornar a água usada durante o temae



Hishaku (concha)
 Concha de bambu usada pra retirar água do kama ou do mizusashi.



Chasen (batedor de bambu)
Batedor de bambu paramisturar o matcha com a água quente até formar espuma.



Fukusa Pano para purificar o Natsume e o Chachaku . Feito de tecido para homens roxo e vermelho para mulheres.



Kobukusa
Para usar quando servir o chá para colocar o chawan.




Sumitori
 Recipiente para colocar o carvão.
 Contem carvão vegetal, incenso e outros elementos.
 

Incenso (Kougou)

Gomei - nomes poeticos de utensilios

$
0
0
Gomei sao nomes poeticos dados a alguns utensilios


Gomei sao normalmente dados a: 

Chashaku


Para Koicha os nomes sao mais formais e relacionados ao Zen, enquanto que para  Usucha sao leves e ligados a estacao do ano.

Lista de Gomeis


Abaixo segue uma lista de gomeis formais  http://nihonjinron.wordpress.com/2013/03/22/formal-gomei/:
相生
あいおい
aioi
double life (pecifically, this refers to the famed double-trunked pine tree at Takasago) - Dupla vida

永寿
えいじゅ
eiju
longevity - longevidade

老松
おいまつ
oimatsu
ancient pine - pinheiro antigo

果報者
かほうもの
kahoumono
the fortunate - o afortunado

嘉祥
かしょう
kashou
herald of joy - alegria

かつ
katsu
thirst - sede

閑居
かんきょ
kankyo
idyll (leisure)

感謝
かんしゃ
kansha
gratitude - gratidao

吉祥
きっしょう
kisshou
auspicious - auspicioso

慶雲
けいうん
keiun
auspicious clouds - nuvens auspiciosas

好意
こうい
koui
favour - favor

好日
こうじつ
koujitsu
fair day - dia justo

高台寺
こうだいじ
koudaiji
Koudai-ji (the zen temple)

古今
こきん
kokin
then and now - antes e agora

心の友
こころのとも
kokoro no tomo
friend of the heart - amigo do coracao

寿
ことぶき
kotobuki
longevity - longevidade

独楽
こま
koma
koma top (the koma top was a crest given to Rikyu by Hideyoshi, thus we can see its colours or shape often used in tea utensils)

寿老
じゅろう
jurou
longevity - longevidade

しずか
shizuka (sei)
quiet - silencio

初心
しょしん
shoshin
beginner’s heart - coracao de iniciante

瑞雲
ずいうん
zuiun
auspicious clouds - nuvens auspiciosas

末広
すえひろ
suehiro
deep and wide - largo e profundo

静寂
せいじゃく
seijaku
stillness - quietude

洗心
せんしん
senshin
pure heart - coracao puro

高砂
たかさご
takasago
high embankment (Takasago is a place near Sumi-no-ye famed for its antiquity and double-trunked pine tree)

宝船
たからぶね
takara-bune
treasure boat - barco dos tesouros

知足
ちそく
chisoku
contentment (from Laozi: “He is rich who knows contentment.”)

千歳
ちとせ
chitose
thousand years - 1000 anos

鶴亀
つるかめ
tsuru kame
turtle and crane - tartaruga e cegonha

徒然
つれづれ
tsure-dzure
idleness (there is a famous work of literature called “Tsure-dzure Kusa” or “Essays in Idleness”)

天下泰平
てんかたいへい
tenka taihei
peace on earth- paz na Terra

常盤
ときわ
tokiwa
evergreen - sempre verde

和やか
なごやか
nagoyaka
gentle - gentil

ひじり
hijiri
sacred - sagrado

福笑
ふくわら
fukuwarai
laughing fortune - fortuna sorridente

無事
ぶじ
buji
safety - seguranca

万古
ばんこ
banko
from on old

平安
へいあん
heian
peace (the former name of the former capital of Japan)

直心
まごころ
magokoro
true heart (a related term is “Sekishin” or “Crimson Heart”)

mu
nothingness

無一
むいち
muichi
nothing (from the zen phrase “Honrai Muichi Motsu” or “In the beginning, we have nothing.”)

無心
むしん
mushin
no mind

山里
やまざと
yamazato
mountain village - vila na montanha

ゆめ
yume
dream - sonho

喜び
よろこび
yorokobi
joy - alegria

wa
harmony - harmonia

和敬
わけい
wakei
harmony and respect

若人
わこうど
wakoudo
young man - jovem

和楽
わらく
waraku
peace and quiet - paz e silencio

Another brief list can be found at http://nihonjinron.wordpress.com/gomei-%E9%8A%98/.


Assista a Cerimonias de Cha pelo youtube

$
0
0
 Cerimonias do Cha ou Otemaes

1.  Bonryaku Temae otemae com bandeja

Desenvolvido pelo 13o  iemoto, Ennosai, este temae, tambem chamado Ryakubon, emprega os movimentos aprendidos no warigeiko para preparar o cha fraco (usucha). A bandeja "caminho da montanha" eh utilizada para carregar os utensilios e preparar o cha.


1. Bonryaku Temae tray/abbreviated/procedure for preparing tea before a guest

Devised by the 13th iemoto, Ennosai, this temae, also called Ryakubon, employs the kata learned in warigeiko to prepare thin tea (usucha). The "mountain path" (yamamichi) tray is used to hold utensils and prepare tea.

2. Usucha Hirademae procedimento inicial para cha fraco
Este procedimento prepara tigelas de cha individuais usando o natsume, o mizusashi, a chaleira (kama), a concha (hishaku), and o apoio da concha (futaoki), entre outros. 

Este temae eh realizado ou carregando todos os utensilios sendo o hakobi temae ou com os utensilios em uma estante, o tana temae.

2. Usucha Hirademae thin tea/basic/tea procedure
The procedure of preparing individual whisked bowls of powdered thin tea using a cold-water jar (mizusashi), a kettle (kama), a ladle (hishaku), and a lid rest (futaoki), in addition to the basic utensils. 

This temae is performed either by carrying in all the utensils, referred to as a hakobi temae, or by placing some of the utensils on a shelf, a tana temae.

Hakobi temae

 https://www.youtube.com/playlist?list=PLqoS8zi8xVhkEXl4UEl91-RakqfLy6FIH


3. Koicha Hirademae cha forte
Este procedimento para preparar uma tigela de cha forte que eh compartilhada entre os convidados de eh o ponto alto de uma cerimonia de cha completa (chaji). O cha eh preparado adicionando mais ou menos agua e tem uma consistencia aveludada. Pode ser preparado como hakobi ou tana temae

3. Koicha Hirademae thick tea/basic/tea procedure
The procedure for preparing a bowl of thick tea, which is shared among the guests and is the highlight of a full-length tea gathering (chaji). The tea is prepared by adding less water and kneading rather than whisking it into a smooth, velvety consistency. It is performed as a hakobi or tana temae.

Hakobi temae

https://www.youtube.com/playlist?list=PLqoS8zi8xVhkF8qRcUXUNf02AVPfsfjNI


4. Shozumi Hirademae first/charcoal/procedure


Procedimento de arranjar o carvao no ro

4. Shozumi Hirademae first/charcoal/procedure
The procedure of arranging unlit charcoal pieces around pilot pieces (shitabi) during the first half of a full-length tea gathering (chaji). This procedure is practiced as a hakobi or tana temae. 

https://www.youtube.com/playlist?list=PLqoS8zi8xVhl-YnkRkLkBWOdAzLOjOxLX

Escolas de Cerimonia de Cha - Urasenke, Omotesenke e Mushakojisenke

$
0
0
Neste Valentine´s Day, aprecie 2 escolas diferentes de Cha praticando juntas um Dueto de Cerimonia do Chá.

Ueda Soko School and Urasenke School

Mas existem diversas escolas de Cerimonia do Cha. Após Toyotami Hideyoshi ordernar Sen no Rikkyu a cometar suicídio, sua familia caiu em desgraca e teve que se esconder e seu filho direto nao teve filhos. Mais tarde, sua filha teve um filho Sen Sotan, que continuou o desenvolvimento da arte da cerimonia do Cha. Ele herdou o terreno e dividiu-o entre seus filhos que fundaram as Tres-Senke: Omotesenke, Urasenke e Mushanokojisenke. A que mais se diviulgou pelo mundo foi a Urasenke.

San-Senke

There are three historical households (家) directly descended from the 16th-century tea master Sen no Rikyū which are dedicated to transmitting the Way of Tea that was developed by their mutual family founder, Sen no Rikyū. They are known collectively as the san-Senke (三千家), or "three Sen houses/families." These are the Omotesenke, Urasenke, and Mushakōjisenke. Another line, which was located in Sakai and therefore called the Sakaisenke (堺千家), was the original Senke (Sen house). Rikyū's natural son, Sen Dōan, took over as head of the Sakaisenke after his father's death, but the Sakaisenke soon disappeared because Dōan had no offspring or successor. The school named Edosenke (江戸千家; lit., Edo Sen house/family) is not descended by blood from the Sen family; its founder, Kawakami Fuhaku (1716–1807), became a tea master under the 7th generation head of the Omotesenke line, and eventually set up a tea house in Edo (Tokyo), where he devoted himself to developing the Omotesenke style of the Way of Tea in Edo.
The san-Senke arose from the fact that three of the four sons of Genpaku Sōtan (Sen no Rikyū's grandson) inherited or built a tea house, and assumed the duty of passing forward the tea ideals and tea methodology of their great-grandfather, Sen no Rikyū. Kōshin Sōsa inherited Fushin-an (不審菴) and became the head (iemoto) of the Omotesenke line; Sensō Sōshitsu inherited Konnichi-an (今日庵) and became iemoto of the Urasenke line; and Ichiō Sōshu built Kankyū-an (官休庵) and became iemoto of the Mushakōjisenke line. The names of these three family lines came about from the locations of their estates, as symbolized by their tea houses: the family in the front (omote), the family in the rear (ura), and the family on Mushakōji Street.
The Way of Tea perfected by Sen no Rikyū and furthered by Sen Sōtan is known as wabi-cha. The san-Senke have historically championed this manner of tea.

Other schools

The three lines of the Sen family which count their founder as Sen no Rikyū are simply known as the Omotesenke, Urasenke, and Mushakōjisenke. Schools that developed as branches or sub-schools of the san-Senke, or separately from them, are known as "~ryū" (from ryūha), which may be translated as "school" or "style." New schools often formed when factions split an existing school after several generations. There are many of these schools, most of them quite small.

san-Senke

There are three historical households (家) directly descended from the 16th-century tea master Sen no Rikyū which are dedicated to transmitting the Way of Tea that was developed by their mutual family founder, Sen no Rikyū. They are known collectively as the san-Senke (三千家), or "three Sen houses/families." These are the Omotesenke, Urasenke, and Mushakōjisenke. Another line, which was located in Sakai and therefore called the Sakaisenke (堺千家), was the original Senke (Sen house). Rikyū's natural son, Sen Dōan, took over as head of the Sakaisenke after his father's death, but the Sakaisenke soon disappeared because Dōan had no offspring or successor. The school named Edosenke (江戸千家; lit., Edo Sen house/family) is not descended by blood from the Sen family; its founder, Kawakami Fuhaku (1716–1807), became a tea master under the 7th generation head of the Omotesenke line, and eventually set up a tea house in Edo (Tokyo), where he devoted himself to developing the Omotesenke style of the Way of Tea in Edo.
The san-Senke arose from the fact that three of the four sons of Genpaku Sōtan (Sen no Rikyū's grandson) inherited or built a tea house, and assumed the duty of passing forward the tea ideals and tea methodology of their great-grandfather, Sen no Rikyū. Kōshin Sōsa inherited Fushin-an (不審菴) and became the head (iemoto) of the Omotesenke line; Sensō Sōshitsu inherited Konnichi-an (今日庵) and became iemoto of the Urasenke line; and Ichiō Sōshu built Kankyū-an (官休庵) and became iemoto of the Mushakōjisenke line. The names of these three family lines came about from the locations of their estates, as symbolized by their tea houses: the family in the front (omote), the family in the rear (ura), and the family on Mushakōji Street.
The Way of Tea perfected by Sen no Rikyū and furthered by Sen Sōtan is known as wabi-cha. The san-Senke have historically championed this manner of tea.

Other schools

The three lines of the Sen family which count their founder as Sen no Rikyū are simply known as the Omotesenke, Urasenke, and Mushakōjisenke. Schools that developed as branches or sub-schools of the san-Senke, or separately from them, are known as "~ryū" (from ryūha), which may be translated as "school" or "style." New schools often formed when factions split an existing school after several generations. There are many of these schools, most of them quite small.

Current schools

Current schools

  • Anrakuan-ryū 安楽庵流 (founder: Anrakuan Sakuden [1554-1642])
  • Chinshin-ryū 鎮信流 (founder: Matsura Chinshin {1622-1703], who was magistrate of Hizen Hirado, present-day Hirado in Nagasaki Prefecture). The school takes after the "warrior-house style of tea" (buke-cha) that was promoted by the daimyō Katagiri Sekishū. The school is also known as the Sekishū-ryū Chinshin-ha (Chinshin branch of the Sekishū school).
  • Edosenke-ryū 江戸千家流 (founder: Kawakami Fuhaku [1716-1807])
  • Enshū-ryū 遠州流 (founder: Kobori Masakazu a.k.a. Kobori Enshū)
  • Fujibayashi-ryū 藤林流 (a.k.a. Sekishū-ryū Sōgen-ha; see Sekishū-ryū below)
  • Fuhaku-ryū 不白流 (founder: Kawakami Fuhaku). This school, also called the Omotesenke Fuhaku-ryū, evolved after the death of Kawakami Fuhaku, when this faction split from the Edosenke school that he had founded.[1]
  • Hayami-ryū 速水流 (founder: Hayami Sōtatsu [1727-1809], who learned tea under the 8th Urasenke iemoto, Yūgensai, and was allowed by him to found a school of his own in Okayama)[2]
  • Higo-koryū 肥後古流[3] (The word Higo refers to present-day Kumamoto Prefecture; koryū literally means "old school"). This is one of the schools of tea traditionally followed by members of the old Higo domain, and is considered to be faithful to Sen Rikyū's tea style; that is, it is tea of the "old school." The school has been led by three families, and therefore is divided into the following three branches:
    • Furuichi-ryū 古市流
    • Kobori-ryū 小堀流
    • Kayano-ryū 萱野流
  • Hisada-ryū 久田流
  • Hosokawasansai-ryū 細川三斎流
  • Horinouchi-ryū 堀内流
  • Kobori Enshū-ryū 小堀遠州流 (founder: Kobori Masakazu [Kobori Enshū] (1579-1647)) and passed down through Enshū's brother Kobori Masayuki (1583-1615). Grand Master XVI, Kobori Soen currently runs the school.)[4]
  • Kogetsuenshū-ryū 壺月遠州流
  • Matsuo-ryū 松尾流 (founder: Matsuo Sōji [1677-1752], great grandson of a close disciple of Sen Sōtan who had the same name, Matsuo Sōji). The founder of the Matsuo school hailed from Kyoto and learned tea under the 6th Omotesenke iemoto, Kakukakusai. He later settled in Nagoya, where the Matsuo school is centered. A number of the successive Matsuo-ryū iemoto in history have apprenticed under the 'reigning' Omotesenke iemoto.[5]
  • Mitani-ryū 三谷流
  • Miyabi-ryū 雅流 
  • Nara-ryū 奈良流
  • Oie-ryū 御家流 (founder: the feudal lord Andō Nobutomo [1671-1732]). The school traces its roots to Sen Rikyū, and from Rikyū as follows: Hosokawa Sansai, Ichio Iori, Yonekitsu Michikata (1646-1729), and then Andō Nobutomo. In the Edo period, the Tokugawa shōgun allowed the Andō family the right to conduct official celebratory ceremonies, and the family was known as etiquette authorities.[6]
  • Oribe-ryū 織部流 (founder: Furuta Shigenari [a.k.a. Furuta Oribe]). According to the Japanese tea historian Tsutsui Hiroichi, after the death of Sen no Rikyū, his chadō follower Furuta Oribe succeeded him as the most influential tea master in the land. Oribe was chadō officer for the second Tokugawa shogun, Tokugawa Hidetada, and had a number of notable chadō disciples, foremost of whom was Kobori Enshū. For political reasons, Oribe was ordered to commit seppuku (ritual suicide), and consequently his family did not become an official tea-teaching family. Through the succeeding generations, the family head held the position of karō (intendant) to the daimyō headquartered at Oka Castle in present-day Oita Prefecture, Kyūshū. With the Meiji Restoration in the late 19th century, and the family's consequent loss of its hereditary position, the 14th-generation family head, Furuta Sōkan, went to the new capital, Tokyo, to attempt to reestablish the Oribe school of tea. Today, Kyūshū and especially Oita have the highest concentration of followers of this school.[7]
  • Rikyū-ryū 利休流
  • Sakai-ryū 堺流
  • Sekishū-ryū 石州流 The school developed by the daimyō Katagiri Sadamasa (a.k.a. Katagiri Sekishū) (1605–73), nephew of Katagiri Katsumoto and second-generation lord of the Koizumi Domain. Sekishū was chanoyu teacher to the fourth Tokugawa shōgun, Tokugawa Ietsuna, and his chanoyu style therefore became popular among the feudal ruling class of Japan at the time. The Sekishū-ryū school of chanoyu was passed forward by his direct descendants, and also through his talented chanoyu followers who became known as the founders of branches (派, "-ha") of the Sekishū school.[8]
    • Sekishū-ryū Chinshin-ha 石州流鎮信派 (see Chinshin-ryū above)
    • Sekishū-ryū Fumai-ha 石州流不昧派 (founder: the daimyōMatsudaira Harusato, a.k.a. Matsudaira Fumai [1751-1818]).[9]
    • Sekishū-ryū Ikei-ha 石州流怡渓派 (founder: the Rinzai Zen sect priest Ikei Sōetsu [1644-1714], founder of the Kōgen'in sub-temple at Tōkaiji temple in Tokyo). He studied chanoyu under Katagiri Sekishū. His chanoyu pupil, Isa Kōtaku (1684–1745), whose family was in charge of the Tokugawa government's tea houses, founded the Sekishū-ryū Isa-ha 石州流伊佐派. Furthermore, the Ikei-ha chanoyu style that spread among people in Tokyo was referred to as Edo Ikei, and that which spread among people in the Echigo (present-day Niigata Prefecture) region was referred to as Echigo Ikei.[10]
    • Sekishū-ryū Ōguchi-ha 石州流大口派
    • Sekishū-ryū Shimizu-ha 石州流清水派
    • Sekishū-ryū Sōgen-ha 石州流宗源派 (founder: Fujibayashi Sōgen 藤林宗源 [1606-95], chief retainer of the daimyō Katagiri Sekishū).[11]
    • Sekishū-ryū Nomura-ha 石州流野村派
  • Sōhen-ryū 宗偏流 (founder: Yamada Sōhen [1627-1708], one of the four close disciples of Sen Sōtan)
  • Sōwa-ryū 宗和流 (founder: Kanamori Sōwa [a.k.a. Kanamori Shigechika, 1584-1656])
  • Uedasōko-ryū 上田宗箇流
  • Undenshindō-ryū 雲傳心道流 (founder: Niinuma Chinkei, who was a follower of Yamaoka Tesshū [1836-88])
  • Uraku-ryū 有楽流 (founder: Oda Nagamasu [Urakusai])
  • Yabunouchi-ryū 薮内流 (founder: Yabunouchi Kenchū Jōchi [1536-1627], who, like Sen Rikyū, learned chanoyu from Takeno Jōō)
  • Yōken-ryū 庸軒流 (founder: Fujimura Yōken [1613-99], one of the four close disciples of Sen Sōtan)
[12]

References



  • Genshoku Chadō Daijiten, entry for Edosenke.

  • Genshoku Chadō Daijiten Japanese chadō encyclopedia, entries for Hayami-ryū and Hayami Sōtatsu.

  • Japanese Wikipedia article on Higo-koryū.

  • "What is Kobori Enshu School of Tea?"

  • Genshoku Chadō Daijiten, entries for 'Matsuo-ryū and Matsuo Sōji.

  • Andō-ke (Andō Family) Oie-ryū official website (Japanese)

  • Yahoo Japan Encyclopedia entry for Oribe-ryū (Japanese)

  • Genshoku Chadō Daijiten, entry Sekishū-ryū.

  • Kojien Japanese dictionary, entry for "Matsudaira Harusato."

  • Genshoku Chadō Daijiten, entry Sekishū-ryū, Ikei Sōetsu, and Isa Kōtaku.

  • Genshoku Chadō Daijiten Japanese chadō encyclopedia, entry for Fujibayashi-ryū.


  • External links

    Sequencia simplificada de Licencas e Otemaes

    $
    0
    0

    Um dos Cem Poemas de Rikkyu sobre a Cerimonia do chá diz: "No estudo, começar em um e aprender até dez; em seguida, voltar ao original. "O progresso de cada aluno é marcado por meio de licenças. Pela tradição Urasenke em particular, as licenças antes de tudo marcarm a entrada de uma pessoa em um campo específico de estudo. Obter a licença para entrar no próximo nível de estudo indica uma espécie de graduação de nível anterior. Neste modo de pensar, os certificados são sempre dadas no ponto de início do estudo, em vez de na sua conclusão. Na verdade, como o poema sugere Rikyu, verdadeiro estudo nunca é concluído. O primeiro termo do curso introdutório é considerado mais uma exploração do que o estudo da chanoyu envolve. Portanto, não são necessárias licenças para o primeiro mandato de uma pessoa. Todavia, os certificados são necessários quando uma pessoa começa o segundo mandato do Curso Introdutório. Este primeiro nível de licenças [Nyumon ou entrada, konarai ou, literalmente, "pequeno" de aprendizagem, e chabako ou "chá-in-a-box"] cobrirá caminho de uma pessoa de estudo por vários anos. Cada pessoa continua a aprender no seu próprio ritmo. Quando o aluno estiver pronto para o próximo nível de estudo (uma decisão mutuamente acordadas pelos alunos e professores), os certificados para esse campo específico será obtida a fim de iniciar o estudo. Há cinco licenças dentro do nível intermediário, três licenças dentro do nível superior, três licenças para o instrutor de início, um para o instrutor intermediário e um para o instrutor avançado. Mais uma vez, cada aluno é livre para aprender em seu próprio ritmo e decidir em que nível ele quer aprender.

    One of the Rikyu Hundred Poems on the Way of Tea reads, “In study, begin at one and learn through ten; then return to the original one.” This progress by an individual through the study of tea is marked by means of licences.
    For the Urasenke tradition in particular, licences first of all mark a person’s entrance into a specified field of study. Obtaining the licence to enter the next level of study indicates a kind of graduation from the previous level. In this way of thinking, licences are always given at the beginning point of study rather than at its completion. In fact, as the Rikyu poem suggests, true study is never completed.
    The first term of the Introductory Course is considered more an exploration of what the study of chanoyu involves. Therefore, no licences are necessary for a person’s first term. However, licences are required when a person begins the second term of the Introductory Course. This first level of licences [nyumon or entrance, konarai or literally “small” learning, and chabako or “tea-in-a-box”] will cover a person’s path of study for several years.
    Each person continues to learn at his or her own pace. When ready for the next level of study (a decision mutually agreed upon by student and teacher), licences for that particular field will be obtained in order to begin the study. There are five licences within the intermediate level, three licences within the upper level, three licences for the beginning instructor, one for the intermediate instructor and one for advanced instructor. Again, each student is free to learn at their own pace and to decide to what level they want to learn.

    URASENKE LICENCE APPLICATION INFORMATION
    Beginner Certification
    Nyûmon, Entrance
    Konarai, First Learning
    Chabako, Portable Tea Procedures


    Intermediate Certification
    Satsûbako, for a Two Koicha Procedure
    Karamono, for a Chinese Tea Container
    Daitenmoku, for aTemmoku Teabowl
    Bondate, for a Historical Chinese Tea Container
    Wakindate, for a Received Fabric


    Upper Level Certification
    Gyônogyô daisu, transmitted daisu procedure
    Daiennosô, transmitted tray procedure
    Hikitsugi, permission to give licences through intermediate level


    Beginning Instructor Certification
    Shinnogyô daisu, transmitted daisu procedure
    Daiennoshin, transmitted tray procedure
    Seihikitsugi, permission to give licences through upper level


    Intermediate Instructor Certification
    Chamei, Tea Name, permission to give licences through beginning instructor level
    Monkyo, permission for tsubotsubo mon


    Advanced Instructor Certification
    Junkyôju, advanced degree, permission to give licences through intermediate instructor


    Cerimônia do Chá - Os 4 Principios Wa, Kei, Sei, Jaku

    $
    0
    0



    De acordo com Sen Rikkyu (1522-1591):

      O Cha nao é nada mais que isto:
      Primeiro voce aquece a agua, e entao voce prepara o cha.
      Entao voce o bebe corretamente.
      Isto é tudo o que voce precisa saber.

    A Cerimônia do Chá basicamente consiste no ato de compartilhar uma tigela de chá, seguindo quatro princípios básicos: Wa (Harmonia) , Kei (Respeito), Sei (Pureza) e Jaku (Tranqüilidade), desenvolvido por Sen Rikyu (1522-1591).

    A Harmonia é o resultado da interação do anfitrião e do convidado, da comida servida e dos utensílios usados com os ritmos da natureza, livre de pretensões, percorrendo o caminho da moderação e humildade.

    O Respeito é a sinceridade do coração que nos libera para um relacionamento aberto com o nosso ambiente imediato com o ser humano e a natureza, reconhecendo a dignidade inata de cada um.

    A Pureza capacita o indivíduo a perceber a essência pura e sagrada das coisas do homem e da natureza.

    A Tranqüilidade é adquirida com a prática constante dos três primeiros princípios.

    "O que, precisamente, são as mais importantes coisas que precisam ser entendidas numa cerimônia de chá?" Esta pergunta foi feita a Sen Rikyu por um discípulo.

    Sua resposta: "Prepare uma deliciosa tigela de chá; disponha o carvão de modo a aquecer a água; arranje as flores tal como elas estão no campo; no verão surgira frescor, no inverno calor; prepare tudo com antecedência; prepare-se para uma eventual chuva; e dê àqueles com quem se encontrar toda consideração."

    O discípulo, um tanto desapontado com essa resposta, onde não encontrou nada de importância tão grande que pudesse supor ser um segredo da prática do chá, disse: "Isso tudo eu já sabia..."
    Rikyu respondeu: "Então, se você pode conduzir uma cerimônia do chá sem desviar-se de nenhuma das regras que eu acabei de expor, eu me tornarei seu discípulo."

    A Cerimônia do Chá completa inicia-se com a chegada do Convidado. Ele deve observar se a água foi espargida nas pedras do caminho que levam à Cabana de Chá. Se as pedras não estiverem molhadas isto quer dizer que o Anfitrião não está pronto. Se o Anfitrião tiver molhado as pedras quer dizer que o Convidado pode entrar. Este sinal é muito bom pois não causa constrangimento a nenhuma das partes. Caso o Convidado tenha chegado cedo demais, ele pode dar uma volta e retornar mais tarde e observar novamente.

    O Convidado aprecia o caminho para a Cabana de Chá. Perto da entrada há uma bacia baixa de pedra; cada hóspede pára para lavar as mãos e a boca num ato simbólico de purificação. Os convidados continuam e entram abaixados através de uma pequena porta de 70 cm de altura. Isso porque todos devem abaixar a cabeça para entrar. Espadas e mantos reais não passam por essa pequena abertura, devendo ser deixados de fora. Apenas o ser humano adentra a Sala de Chá, sem ostentações, todos são iguais.

    Antes da chegada dos convidados, o anfitrião pendurou um Kakemono (pintura ou caligrafia sobre papel ou seda).

    Num recipiente recém preparado com cinzas, um fogo de carvão foi aceso, o incenso foi queimado, e sobre o fogo o anfitrião colocou uma chaleira com água para preparar o chá.

    Ao entrar cada convidado aprecia o kakemono, o fogo, o arranjo das cinzas, a chaleira e todos os outros utensílios que estejam expostos. A iluminação moderada e os tons suaves das paredes de barro e da madeira envelhecida criam uma atmosfera que conduz à contemplação. O anfitrião surge e começa a servir o Kaiseki, refeição ligeira.

    A palavra Kaiseki é composta por 2 ideogramas Kai = Pedra e Seki = Quente. Quando os monges estavam meditando não havia tempo para preparar comida, então eles pegavam uma pedra da fogueira e colocavam sob a roupa no estômago para aquecê-lo.
    O Kaiseki vem do nome dado a uma pedra aquecida que os monges Zen usavam para aliviar o estômago das dores causadas pela fome ou pelo frio. Desde então passou a significar uma pequena refeição, suficiente apenas para satisfazer a fome.

    Depois de compartilhar a refeição os convidados são servidos de um doce e do chá forte. Após isso serve-se o chá fraco.

    O Otemae, preparo do chá, consiste de 3 partes:
    - Purificacao dos utensílios
    - Preparo do chá
    - Limpeza dos utensílios.

    Deve ser realizado em silêncio, ou só falando amenidades. A mensagem é enviada pelos utensílios, kakemono, flores.

    A escolha do kimono depende da estação do ano. A manga indica o estado civil da pessoa q o usa. Mais longo, solteira, mais curto casada.


    Saiba mais:



    Livro: Vivência e Sabedoria do Chá, Autor Sen Soshitsu XV, T.A.Queiroz, Editor, Ltda.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u363399.shtml

    Cerimonia do Cha - As Sete Regras de Rikkyu

    $
    0
    0



    "O que, precisamente, são as mais importantes coisas que precisam ser entendidas numa cerimônia de chá?" Esta pergunta foi feita a Sen Rikyu por um discípulo.

    Sua resposta: "Prepare uma deliciosa tigela de chá; disponha o carvão de modo a aquecer a água; arranje as flores tal como elas estão no campo; no verão surgira frescor, no inverno calor; prepare tudo com antecedência; prepare-se para uma eventual chuva; e dê àqueles com quem se encontrar toda consideração."

    O discípulo, um tanto desapontado com essa resposta, onde não encontrou nada de importância tão grande que pudesse supor ser um segredo da prática do chá, disse: "Isso tudo eu já sabia..."
    Rikyu respondeu: "Então, se você pode conduzir uma cerimônia do chá sem desviar-se de nenhuma das regras que eu acabei de expor, eu me tornarei seu discípulo."

    Entender as Sete Regras de Rikkyu é fundamental para realizarmos uma cerimonia do cha:

    1 -"Prepare uma deliciosa tigela de chá" = Chawa fukuno yoki yohi tate

    2-"Disponha o carvão de modo a aquecer a água" = Sumiwa yuno waku yoni oki

    3-"Arranje as flores tal como elas estão no campo"= Hanawa noni aruyoni

    4-"No verão surgira frescor, no inverno calor" = Natsuwa suzushiku, fuyuwa atatakani

    5-"Faça tudo com antecedência" = Kokugenwa hayameni

    6-"Prepare-se para uma eventual chuva" = Furazutomo ameno yoi

    7-"Dê àqueles com quem se encontrar toda consideração."  Aikyakuni kokoro seyo

    Assista o video com a Profa Oguino falecida em janeiro de 2014 e a praticante Haruko Hartmann http://www.youtube.com/watch?v=n5f1xZY30nc&hd=1


    Saiba mais:



    Livro: Vivência e Sabedoria do Chá, Autor Sen Soshitsu XV, T.A.Queiroz, Editor, Ltda.
    Curta nossa pagina no Facebook
    Viewing all 129 articles
    Browse latest View live